Associação Sul-Brasileira
dos Distribuidores de Autopeças

A produção de motocicletas no Brasil apresentou o maior número de unidades produzidas há 12 anos no mês de maio. No mês passado, saíram das fábricas 160.389motos. Para a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), um avanço nos recursos financeiros do consumidor e o custo menor do segmento de duas rodas são os principais motivos para o recorde de produção de motocicletas de indústrias instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM).

Comparando os dados considerando 2023, este resultado de maio de 2024 foi 3,4% superior, embora tenha apresentado uma queda de 1,8% em relação a abril. Esta diminuição se deve ao menor número de dias úteis (dois a menos) e aos feriados do Dia do Trabalho e Corpus Christi. Então, acaba não sendo um índice que possa ser considerado negativo.

Quanto à produção de motocicletas de janeiro a maio (761.734 unidades), a alta foi de 13,8% considerando um igual período do ano passado. Este também foi o melhor registro desde 2012. E a produção de modelos bicombustíveis nos cinco primeiros meses de 2024 foi 16,7% superior a do mesmo período de 2023, que atingiu 497,9 mil unidades, segundo a Agência Brasil.

Preço acessível e baixo valor de manutenção

De acordo com o presidente da Abraciclo, Marcos Bento, todas as fábricas estão cumprindo o planejamento no sentido de atender a demanda do mercado, que manifesta uma tendência de crescimento. “Esta maior demanda, considerando o impacto positivo da melhoria dos rendimentos dos brasileiros, reflete a maior procura por motos, algo mantido desde a pandemia. Muitas pessoas passaram a usar motos como instrumento de trabalho e fonte de renda”, citou. Outros fatores decisivos são o preço acessível, o baixo valor de manutenção, a economia de combustível e a liberdade de locomoção para evitar aglomerações do transporte público.

Licenciamentos têm recorde depois de 11 anos

Os licenciamentos de motos em maio chegaram a 164.533 unidades, uma elevação de 1,9% em relação ao mesmo mês de 2023. Este número foi o de melhor resultado desde 2011. A categoria de motocicleta mais emplacada foi a Street, com 77.117 unidades, indicando uma participação de 46,9% no consumo nacional. Os licenciamentos acumulados de janeiro a maio de 2024 somaram 767.281 unidades. Estes indicadores expõem um crescimento de 19,9% em relação ao mesmo período do ano passado, sendo o melhor resultado desde 2008.

Novidades agregam a frota de 33 milhões de unidades

A frota brasileira de motocicletas ultrapassa 33 milhões de unidades. Ao ano, são produzidas em torno de 1,6 milhão de motos, o que coloca o país como o sexto maior produtor mundial. E a fábrica da Honda, localizada na Zona Franca de Manaus, no Amazonas, por exemplo, segue forte nos lançamentos a cada ano, como a recente estreia da nova geração da scooter Elite 125 apresentada ao público em junho, além da XR 300L Tornado, que chega para ser mais uma novidade do line up.

Referência em eficiência produtiva na planta de Manaus

A planta fabril é a mais verticalizada da marca em todo mundo, passou em 2023 por um processo de modernização, resultado do investimento anunciado pela empresa na ordem de R$ 500 milhões. A atualização tem o objetivo de tornar a unidade uma referência em eficiência produtiva. Em suas instalações, acontece um complexo processo produtivo que vai muito além da montagem de motocicletas. Envolve o desenvolvimento de diversos ferramentais e componentes que integram o produto final, que engloba uma vasta gama de motocicletas de 110 a 1000cc.

Já a Yamaha está investindo em sua fábrica amazonense cerca de R$ 520 milhões no Brasil entre 2023 e 2025. De acordo com a empresa, grande parte visa aumentar a produção de motos em Manaus e também reduzir as emissões de carbono das operações. A Yamaha, que se instalou no país em 1970, foi a primeira fábrica de motos no território nacional. Em 1974, produziu a primeira moto brasileira: a pequena “cinquentinha” (RD 50).

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