Associação Sul-Brasileira
dos Distribuidores de Autopeças

Entre muitos aconselhamentos e algumas determinações oficiais, com todas as incertezas que a pandemia do novo coronavírus tem trazido mundialmente, o Veteran Car Club do Brasil – RS manteve seu encontro mensal na manhã do último domingo, dia 15, no pátio do Shopping Total, em Porto Alegre (RS). Durante algumas horas, os antigomobilistas gaúchos voltaram a se encontrar para confraternizar com os fãs fiéis e os curiosos que sempre aparecem, atraídos pelos carros antigos e pelas histórias contadas por seus donos. “Ficamos na dúvida até a última hora se cancelávamos ou não o evento, mas, como é em local aberto e amplo, optamos por reduzi-lo em algumas horas e manter nossa agenda”, disse Eduardo Scaravaglione, presidente do clube.

Um dos primeiros representantes a chegar foi o empresário Rodrigo Ruiz, com um modelo Ford Cabriolet de 1937 (na foto em destaque). Argentino radicado em Porto Alegre há 43 anos, ele tem outros 13 carros antigos, inclusive um modelo de 1923, que é o mais antigo no Estado. “Escolhi esse hoje para deixar o protagonismo de mais antigo com o Valdir (Ferraz de Abreu, na foto à direita), que tem aquele Ford ali, de 1926”, divertia-se Ruiz, apontando para o companheiro de diretoria do Veteran Car Club do Brasil – RS. Sobre o prazer de circular com esses carros pela cidade, ele destaca as sextas-feiras em que costuma buscar os netos no colégio e é recebido sempre com muita expectativa pela garotada, que nunca sabe qual modelo será escolhido aquele dia. “A única certeza é que a gurizada prefere e vibra mais com os conversíveis”, afirmou.

Embora sua coleção não seja pequena, Ruiz garante que há muitos colecionadores na cidade com mais modelos antigos do que ele. “Tem um dentista que tem 60 carros. Acho que é o que tem mais. Ele até já está com dificuldades para movimentar os que ficam mais no fundo da garagem”, comentou. Esse mercado de carros antigos, segundo Scaravaglione, vive um momento de pouca movimentação em Porto Alegre. “Tem gente pedindo preços absurdos por carros que nem valem tanto. E, nos últimos anos, surgiram muitos atravessadores nesse mercado. Isso tem atrapalhado”, explicou o presidente do clube.

A data do próximo encontro é uma incógnita nesse atual contexto de combate à pandemia de coronavírus, mas a paixão por carros antigos tem alternativas tão simples como a de qualquer pessoa que precisa ficar em casa nesse período de contenção. “Temos uma relação de filmes, na televisão e na internet, que mostram e falam de automóveis antigos, de competições, ou simplesmente usam carros de época, que são maravilhosos de se ver em ação”, enfatizou Scaravaglione, apontando para um Ford carretera de 1934 (na foto à esquerda), com um galgo na frente, que poderia facilmente lembrar as corridas dos anos 1950, mas que a ele, particularmente, remete mais ao clássico filme Bonnie and Clyde, de 1967.

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