Associação Sul-Brasileira
dos Distribuidores de Autopeças

Entidades, fabricantes de veículos e programas públicos de segurança veicular, ao avaliarem o futuro do setor automotivo frente às novas legislações, consideram imprescindível a busca por convergência de pilares, entre inovações tecnológicas, legislação e realidade do trânsito no país.

Na análise do vice-presidente da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Marcus Vinicius Aguiar, segurança e conectividade veiculares são uma exigência do consumidor e também das novas regras. De acordo com ele, com o Rota 2030, há uma aceleração dos protocolos.

O Rota 2030 – Mobilidade e Logística, é parte da estratégia elaborada pelos órgãos do governo federal para desenvolvimento do setor automotivo no país, e compreende regramentos de mercado, entre outras demandas do setor.

Rota 2030 visa à inserção global da indústria automotiva

O objetivo é ampliar a inserção global da indústria de veículos brasileira, por meio da exportação de carros e autopeças. A ideia é que este movimento seja progressivo, permitindo que ao final da vigência do programa o país esteja inteiramente inserido na produção mundial.

“A indústria precisa estar pronta, mas com previsibilidade de cumprimento das normas, mas diante da premência de se reduzir os índices de mortes e de lesões corporais dos cidadãos brasileiros”, enfatiza Aguiar.

Inspeção técnica, tecnologias e telecomunicações embarcadas

Dentro deste contexto, Daniel Tavares, diretor do Departamento de Segurança no Trânsito da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), citou a meta de redução do número de óbitos por acidentes. Ele citou que o Pnatrans – Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito”, trabalha com inspeção técnica, evolução tecnológica e telecomunicações embarcadas.

Queda no índice de mortalidade por acidentes veiculares

A ideia destes três pilares do programa é validar o Sistema Seguro de Mobilidade. Conforme Tavares, “pesquisa realizada em 53 países mostra que aqueles em que o sistema foi aplicado o índice de mortalidade por acidentes veiculares caiu drasticamente”.

Segurança dos ocupantes do veículo e transeuntes

Já Carlos Gibran, membro da Comissão Técnica de Segurança da AEA, salienta que o setor, em atendimento ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran), estuda 38 tecnologias a serem regulamentadas, em favor da segurança dos ocupantes do veículo e transeuntes. “Até o final deste ano, devemos concluir estudos de 13 temas tecnológicos. A partir daí, vamos propor novas tecnologias de segurança veicular.”

Carros conectados e autônomos em tempos de LGPD

O diretor-geral de Operações da Volvo Cars, João Henrique Oliveira, destaca a importância de carros conectados e autônomos em tempos de Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A marca sueca, desde o seu surgimento, levanta a bandeira de segurança veicular.

“Temos adesão de 98% de nossos clientes ao nosso programa de veículos conectados e à LGPD que pode controlar vários parâmetros. Mas também estamos cientes da responsabilidade que temos diante da legislação brasileira”, indica.

A Associação Brasileira de Engenharia Automotiva deu ampla contribuição técnica ao programa Inovar-Auto e agora ao Rota 2030, propondo regulamentações de emissões para veículos leves, pesados e motociclos, além de se envolver com a Indústria 4.0, capítulos na principal política industrial do setor automotivo.

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