A indústria de motocicletas instalada no Polo Industrial de Manaus conquistou o melhor desempenho do ano: mais de 145 mil unidades produzidas. Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), foram fabricadas 145.852 motos em agosto.
Esse volume supera o registrado no mesmo mês do ano passado em 17,9%, com 123.722. Em comparação com julho, o índice foi de 39,2% a mais (104.776 unidades). Esse é o melhor resultado para o mês desde 2013, quando 157.854 motos saíram das linhas de montagem.
Na concepção do presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian,o setor mantém um ritmo forte de produção. “As fabricantes seguem operando conforme o planejado. Em agosto, tivemos um mês cheio de produção, que deverá refletir nas vendas no varejo em setembro”, analisa.
Veículo ágil, econômico e com preço acessível
Fermanian considera que o brasileiro tem optado cada vez mais pela motocicleta. “Muitas pessoas não querem mais ficar paradas nos congestionamentos dos grandes centros urbanos. O consumidor quer um veículo ágil, econômico, com preço acessível e baixo custo de manutenção. A motocicleta se encaixa perfeitamente nessas exigências.”
Mais de 900 mil motos no acumulado
No acumulado do ano, foram produzidas 921.921 motocicletas, o que corresponde a uma alta de 17% na comparação com o mesmo período de 2021 (787.810 unidades). Essa é a melhor performance do segmento desde 2014, quando foram fabricadas 1.038.714 motos.
Mesmo diante deste crescimento expressivo que tem sido atingido mês a mês, a Abraciclo mantém uma projeção da produção de 1.320.000 motocicletas, o que significa uma alta de 10,5% na comparação com 2021.
Emplacamentos em agosto ultrapassa 118 mil
Em agosto, 118.545 motocicletas foram emplacadas no país, um aumento de 15,7% em relação ao mesmo mês de 2021 (102.463 unidades) e de 10,3% na comparação com julho (107.499 motos). Assim como a produção, esse foi o melhor resultado de emplacamentos para o mês passado desde 2013 (129.050 unidades).
Street lidera o ranking seguida da Trail
As motos Street, indicada para o uso urbano, lideraram o ranking de licenciamentos, com 57.791 unidades e 48,8% de participação no mercado. Em segundo lugar, ficou a Trail, que se adapta a pavimentos e pisos fora de estrada, com 22.637 motos e 19,1% dos emplacamentos. Em terceiro, a Motoneta atingiu 17.844 motocicletas e 15,1%.
Baixa cilindrada foi a mais licenciada
De acordo com dados da Abraciclo, as motocicletas de baixa cilindrada foram as mais licenciadas em agosto, com um total de 96.111 unidades (81,1% do mercado). Na sequência, ficaram os modelos de 161 a 449 cilindradas com 17.690 emplacamentos (14,9%). Em terceiro lugar, estão as motocicletas acima de 450 cilindradas (4.744 unidades e 4%).
De janeiro a agosto, os licenciamentos somaram 862.609 unidades, crescimento de 17,8% na comparação com o mesmo período do ano passado (732.155 motocicletas). Esse é o melhor resultado desde 2014, quando foram emplacadas 949.921 unidades.
Exportação supera mesmo período de 2021
As empresas associadas da Abraciclo exportaram 7.807 motos no mês passado. O número é 39,2% superior ao registrado em agosto de 2021 (5.607 unidades) e 57,3% maior que as 4.962 motocicletas embarcadas para o exterior em julho.
De acordo com levantamento do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, a Colômbia foi o principal mercado, com 1.436 motocicletas e 25,7% do volume total exportado.
Os Estados Unidos ficaram em segundo lugar (1.386 unidades e 24,8% das exportações), seguidos pelo Canadá (926 motocicletas e 16,6%). No acumulado do ano, foram exportadas 37.884 motocicletas, volume muito próximo ao embarcado no mesmo período de 2021 (37.893 unidades).
Off-road representa 54,6% dos embarques
“Os modelos off-road representaram 54,6% das exportações. Eles foram destinados para os mercados americano e canadense, altamente exigentes. Isso mostra o quanto a motocicleta produzida no Brasil é tecnológica e está alinhada com as principais demandas globais”, ressalta Fermanian.