Com o foco na nova fase do Proconve (L7), regulamentado pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), a Volkswagen reduzirá emissões e consumo de uma série de modelos. O objetivo da montadora é estabelecer novos padrões de emissão dos seus modelos, contribuindo com a economia de combustível.
A engenharia da marca se dedicou ao desenvolvimento de equipamentos que contribuem à redução de poluição, oferecendo o maior portfólio do país com estas tecnologias, segundo a fabricante. São dez modelos, entre eles Gol, Voyage, Polo, Virtus, Nivus, T-Cross, Taos, Jetta, Saveiro e Amarok. Os carros abrangem 90% dos segmentos de mercado no país.
Limites mais rígidos para a emissão de gases
O PL7 estabelece limites ainda mais rígidos para a emissão de gases. Exige novas análises e testes severos. Com as novas exigências, é necessário diminuir as emissões em, no mínimo, 38% para compostos orgânicos voláteis e óxidos de nitrogênio. Quanto ao monóxido de carbono a redução deve ser de 23% e de 25% para aldeídos.
O Laboratório de Emissões e Motores, na fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), recebeu um aporte de cerca de R$ 50 milhões, direcionados à pesquisa e desenvolvimento. Também o expediente de produção foi ampliado para dois turnos.
Eficiência no consumo de combustível
Quando o assunto é consumo de combustível, os automóveis da Volkswagen se tornam cada vez mais eficientes, de acordo com a marca alemã. A montadora garante que as mudanças superam as determinações do Rota 2030. E colocam os seus produtos “em outro patamar quando se fala de eficiência energética”.
O Rota 2030 é um programa do governo federal que prevê o apoio ao desenvolvimento tecnológico, à competitividade, à inovação, à segurança veicular, à proteção ao meio ambiente, à eficiência energética e à qualidade dos veículos produzidos no Brasil.
Atualizações de softwares de motor
Diversas tecnologias colaboram para atingir a redução de emissões e a diminuição do consumo das versões em linha. Entre elas estão as atualizações de softwares de motor, transmissão e ar-condicionado, adoção de pneus com compostos de baixa resistência ao rolamento (“verdes”), sistema de combustível e sistema de escapamento e catalisadores
Start-stop e ar-condicionado Climatronic touch
Ainda a chegada do start-stop, que desliga e liga o motor automaticamente no anda-e-para do trânsito ou nos semáforos, economizando combustível e diminuindo as emissões, e do ar-condicionado Climatronic touch para quase todos os modelos. O ACC (Controle de Cruzeiro Adaptativo) e AEB (Autonomous Emergency Brake), que é a Frenagem Autônoma de Emergência, também estão disponíveis em grande parte dos veículos produzidos atualmente pela montadora.
Tanque de combustível multi-camadas
Outras atualizações feitas nos veículos são a adoção de tanque de combustível multi-camadas e de um catalisador atualizado no sistema de escapamento que otimiza metais preciosos nos componentes. Houve também o aumento do volume do filtro de carvão ativado, o redesenho dos componentes do motor e a introdução de peças para melhoria da aerodinâmica dos carros.
Way to Zero: veículos cada vez mais tecnológicos
Dentro da proposta de neutralizar as emissões de CO2 até 2050 em nível global, a Volkswagen criou o programa Way to Zero no sentido de reforçar o compromisso em desenvolver e produzir veículos cada vez mais tecnológicos e eficientes.
Programa de reestruturação do portfólio
A estratégia da empresa se reforça localmente com o aporte de R$ 7 bilhões para a América Latina até 2026 e a criação do Centro de Pesquisa & Desenvolvimento no Brasil. O investimento visa a um programa de reestruturação e renovação do portfólio e nova família de carros compactos para o segmento de entrada. O primeiro modelo será o Polo Track, com a plataforma MQB, que está previsto para o próximo ano. Também a digitalização e a descarbonização devem receber um impulso adicional na América do Sul.
Centro de Pesquisa & Desenvolvimento
Já o Centro de P&D, que será totalmente independente, irá trabalhar com soluções tecnológicas baseadas em etanol e outros biocombustíveis para mercados emergentes, que utilizam energia limpa, por meio de combustão e soluções híbridas. A ideia é minimizar as mudanças nas plataformas atuais e contribuir para a redução de carbono.