O PIX, novo sistema de transferências instantâneas criado e gerido pelo Banco Central (BC), entrará em funcionamento na próxima segunda-feira, dia 16. A nova forma de pagar e receber deverá abrir uma oportunidade de redução de custos tanto para pessoas físicas quanto para as empresas. O sistema promete ser seguro, competitivo e rápido, com transações financeiras em até dez segundos, que poderão ser realizadas 24 horas por dia
O PIX é um meio de pagamento, assim como boleto bancário, o TED, o DOC e as transferências entre contas e os cartões de pagamento. A diferença é que o serviço permitirá todo tipo de transferência e de pagamento em qualquer dia, incluindo fins de semana e feriados, e em qualquer hora. O dinheiro será creditado em segundos.
Para as pessoas físicas o PIX será gratuito para enviar ou receber transferências e realizar compras. Já para as empresas, o PIX poderá ser cobrado por meio de uma taxa fixa por transação ao para receber ou fazer pagamentos e nas transferências. O Banco Central já informou que as tarifas serão definidas pelas próprias instituições financeiras .
Ainda assim, o PIX será uma alternativa às maquininhas de cartões, mas somente para as transações à vista. Parcelamento não será possível. O serviço poderá baratear os custos envolvidos na comercialização de produtos. O PIX deve eliminar parte dos custos de transações, barateando os processos de pagamento para as empresas, e poderá também ser usado para pagar fornecedores, salários de funcionários e até tributos federais.
PIX não será gratuito para empresas
Para aceitar o PIX no seu estabelecimento, o comerciante deverá primeiramente avaliar as condições e preços do serviço em sua instituição financeira. É necessário ter uma conta-corrente ou conta de poupança ou ainda uma conta de pagamento pré-paga.
O sistema não está restrito a bancos. Outras instituições financeiras e também instituições de pagamento (como algumas fintechs) podem ofertar o PIX. No site do Banco Central é possível consultar toda a lista de instituições que poderão oferecer o PIX.
Como receber dinheiro pelo PIX
Para receber um pagamento via PIX, o comerciante poderá gerar um QR Code, por meio de sua instituição financeira, e apresentá-lo ao pagador; ou informar ao pagador sua chave PIX, que pode ser seu CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), e-mail, telefone celular ou uma chave aleatória.
Segundo o Banco Central, o QR Code pode ser gerado uma única vez ou pode ser gerado a cada nova transação, a depender da escolha do recebedor. Caso não queira gerar o QR Code ou informar a chave, há a opção de informar os dados completos de sua conta ao pagador, que terá que inserir os dados manualmente.
Dinheiro entra na conta em segundos
Uma vez concluída a transação, o recurso será imediatamente encaminhado para a conta e o comerciante receberá em tempo real uma mensagem confirmando o crédito na conta. As transações do PIX, inclusive os recebimentos, estarão disponíveis no extrato da conta habilitada para fazer o serviço, de forma facilmente diferenciada das demais transações.
Não caia em golges
A alta procura pelo PIX já faz golpistas agirem em buscas de dados de clientes durante o cadastramento na plataforma. A empresa de segurança digital Kaspersky encontrou mais de 60 sites falsos, que usam as técnicas de “phishing” (pescaria) para o roubo de informações. As técnicas mais comuns são:
- a instalação de softwares maliciosos (malware) nos computadores e celulares;
- promoções falsas para coleta de dados;
- e a indução da entrega de informações em cadastro falso.
A recomendação do Banco Central é que o usuário sempre faça cadastramento de chaves – e, no futuro, quaisquer operações com o PIX – junto às plataformas dos bancos ou financeiras. As instituições financeiras nunca pedem senhas ou código de validação de transações (tokens) fora de seus canais digitais.
Por isso, é bom ficar atentos à táticas usadas pelos golpistas.
Golpes podem chegar por SMS, e-mail, WhatsApp ou pelas redes sociais. Ao receber uma mensagem de seu banco ou financeira, vale sempre passar o olho em uma lista básica de prevenção.
Crédito foto principal: Marcello Casal Jr| Agência Brasil