Associação Sul-Brasileira
dos Distribuidores de Autopeças

Desde o último dia 3, o Brasil tem um novo padrão de gasolina que promete aumentar o rendimento do motor e gerar mais economia aos motoritas. A mudança se deve à Resolução nº 807/2020, publicada ainda em janeiro, mas que só começou a vigorar no início desta semana. Com o novo padrão, gasolina brasileira se aproxima – e até supera em alguns casos – da qualidade do combustível europeu e norte-americano.

Mas o que espeficamente muda na gasolina para que ele seja nova e melhor?

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a octanagem mínima passa a ser de 92 pela metodologia RON, mais adequada às novas tecnologias de motores. Assim, 100% da gasolina comum produzida nas suas refinarias terá octanagem mínima de 93. A de alta octanagem da Petrobras, a Podium, também vai melhorar, saltando das 97 octanas exigidas para 102, ultrapassando até a gasolina comum alemã, tida como uma das melhores do mundo, com 100 octanas.

Ednéa Caliman, especialista em regulação da ANP, explica que o produto brasileiro passará a ter mais qualidade e maior eficiência energética. “Essa definição é importante, porque, quanto maior a massa específica do combustível, em termos de hidrocarbonetos, maior é a densidade energética desse combustível, ou seja, para o mesmo volume de combustível injetado no motor haverá a geração de maior quantidade de energia no momento da queima do combustível. Com isso, esperamos que esse mesmo combustível proporcione maior rendimento, gerando diminuição do consumo e aumento da autonomia dos veículos.”

Segundo o especialista da Petrobras em Desenvolvimento de Novos Produtos, Rogério Gonçalves, “a intenção da nova gasolina é frear as importações de produtos com baixa qualidade e aproximar o nosso combustível ao dos Estados Unidos e Europa”.

Tecnologia desenvolvida na Petrobras

Divulgação

OS TIPOS DE GASOLINA

Comum: é a mais barata vendida nos postos e adição de 27% de álcool anidro. Tem 87 octanas e será substituída pela nova formulação, com 93 octanas.

Aditivada: trata-se da gasolina comum com aditivos colocados para manter a limpeza interna do motor.

Premium: recebe aditivos e tem octanagem maior. A Podium, da BR, por exemplo, hoje tem 97 octanas, e passará para 102.

 

PRAZOS

Desde o dia 3 de agosto, toda a gasolina produzida no País e importada deverá atender às novas especificações. Já para as distribuidoras e postos, os prazos são, respectivamente, outubro e novembro. Até lá, será permitido o escoamento de possíveis produtos estocados e que ainda não atendem integralmente às novas características.

 

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