LiveWire é o nome da primeira motocicleta elétrica da Harley-Davidson. O modelo veio a público como protótipo em 2014, foi trabalhado, aperfeiçoado e, agora em julho, foi apresentado mundialmente em Portland, nos Estados Unidos (EUA). A promessa é a de que estará nas lojas norte-americanas a partir de agosto. “O plano é lançar no Brasil no próximo ano, mas isso ainda vai depender da criação de uma estrutura para a recarga de veículos elétricos e também a preparação de nossas concessionárias para atender este produto”, disse o gerente de Marketing da Harley-Davidson no Brasil, Flávio Villaça, ao portal de notícias G1.
Em Porto Alegre, o diretor da Iesa Harley-Davidson, Eron Maio, representante da marca no Rio Grande do Sul, não sabe muitos detalhes sobre a novidade. “Deveremos ter todas as informações agora em agosto, no encontro mundial que a Harley faz a cada ano, em Milwaukee, para mostrar os novos produtos – modelos, acessórios, roupas – e definir o cronograma de chegada deles em cada lugar do mundo”, explica Maio. O tempo e o custo da adequação das concessionárias para trabalhar com veículos elétricos também é uma incógnita importante. “Sabemos que já existe um projeto-piloto dessa adequação em São Paulo há cerca de um ano, mas ainda não temos informações sobre custo ou tempo de preparação e treinamento de pessoal. Estamos aguardando”, completa ele.
O que se sabe a partir do evento em Portland é que, nos EUA, a LiveWire começará a ser vendida no próximo mês por US$ 29.799,00. Convertido para a moeda brasileira na cotação atual, sem contar impostos e custos de frete, o valor seria de aproximadamente R$ 112.000,00. Por enquanto, além dos EUA, apenas Canadá e Europa devem receber essa motocicleta este ano. Segundo a Harley-Davidson, a “disponibilidade global” está planejada para acontecer até 2021.
Detalhes da máquina: com motor de 105 cavalos de potência, ela vai de 0 a 100 km/h em três segundos, uma aceleração semelhante a de uma Ferrari F8 Tributo. Devido à propulsão elétrica, não possui câmbio, nem embreagem. De acordo com a montadora, a bateria faz a motocicleta rodar, em uso misto, com ciclos urbanos e rodoviários, por cerca de 152 km. A bateria leva 40 minutos para receber 80% da carga e 1h para chegar até 100% no sistema de recarga rápida. O freio motor do modelo também possui sistema regenerativo da energia.
Nos próximos anos, a Harley-Davidson promete lançar outras motocicletas elétricas, já tendo inclusive revelado conceitos de scooter e bicicleta elétricas. A empresa busca expandir seus horizontes com novos produtos para atrair mais clientes, de diferentes tipos, porque, nos primeiros quatro meses deste ano, as vendas globais da marca caíram 3,8%.
Fotos: Divulgação/Harley-Davidson