Época de preparativos de festas para uns e de muito trabalho para outros. O movimento em todas as oficinas da região Sul do Brasil, sejam independentes ou de concessionárias, já começa no final de novembro, quando a primeira parcela do 13º salário é paga, e se estende até janeiro, quando os automóveis precisam estar revisados para enfrentarem com segurança as estradas para as comemorações de fim de ano e as tão esperadas férias na praia. “É a nossa alta temporada. Não damos férias para nenhum funcionário nesses dois meses. Época de agenda completa, muito trabalho e o pico anual do nosso faturamento”, explica Alexandre Ruga, diretor do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios no Estado do Rio Grande do Sul (Sindirepa-RS).
As oficinas independentes têm seus clientes cativos e trabalham mais direcionadas às necessidades específicas de cada um, mas as grandes concessionárias investem na divulgação de check-ups gratuitos, fazem promoções de itens básicos de manutenção e atraem clientes com vantagens que variam a cada ano. Seja no mecânico de confiança, seja nas salas com ar condicionado, internet sem fio, jornal, cafezinho e televisão, o importante é que não faltem peças de reposição e que o proprietário do veículo fique 100% seguro de que seu automóvel não terá panes no caminho ou problemas em possíveis inspeções policiais, que possam gerar multas e atrasar a viagem.
Como funciona
O check-up oferecido gratuitamente leva em média uma hora e se divide basicamente em quatro etapas: inspeção interna (dez itens), compartimento do motor (oito itens), inspeção externa (seis itens) e inspeção com o veículo elevado (sete itens).
Na inspeção interna é verificado se todos os instrumentos do painel estão funcionando como devem, se a buzina está perfeita, se o volante e a coluna de direção estão ajustados, se os cintos de segurança e as travas de portas funcionam adequadamente, se o extintor de incêndio está carregado e se o filtro do ar-condicionado está limpo.
No compartimento do motor é conferida a direção hidráulica, a viscosidade do óleo, o nível do fluido de freio, a eficiência do sistema de arrefecimento, as condições de velas, correias e sensores, o funcionamento do alternador, dos cabos de ignição e da bateria.
Na inspeção externa são avaliadas as condições das palhetas e da irrigação do para-brisa e do vidro traseiro e a sequência de luzes sinalizadoras, como setas, freio, ré e placa traseira, além dos três estágios dos faróis (sinaleira, luz baixa e luz alta) e sua regulagem.
Com o veículo elevado, os pneus passam por avaliação de desgaste, alinhamento e balanceamento; os amortecedores, as pastilhas e os discos de freio são testados; e o sistema de embreagem é avaliado e regulado. Por fim, é verificado o porta-malas, para garantir o bom estado do pneu estepe, o funcionamento do macaco e a presença da chave de roda e do triângulo de segurança.
“Já no check-up completo, o cliente recebe o diagnóstico detalhado item a item, o que está bem e o que tem problema, o orçamento dos serviços aconselhados a fazer, assim como das peças a trocar, e a avaliação de tempo que o proprietário precisará disponibilizar seu veículo para a oficina executar aquele serviço que, se assim desejar, deverá ser agendado”, esclarece Ruga.
