Associação Sul-Brasileira
dos Distribuidores de Autopeças

Tudo começou em outubro de 2001, quando quatro amigos ligados ao automobilismo gaúcho, que se reuniam de vez em quando para relembrar “os bons tempos” em que disputavam corridas de automóveis, resolveram fundar uma confraria. A partir de então, deram vida às muitas histórias que protagonizaram em mais de duas décadas nos mais variados tipos de pistas, do final dos anos 1950 até meados dos anos 1980.

Com o passar do tempo, o grupo cresceu, se consolidou, publicou dois livros de memórias e, atualmente, se encontra quase todos os meses. “Íamos comemorar o aniversário este ano nos dias 5 e 6, no Museu do Automobilismo Brasileiro, em Passo Fundo (RS), mas o calendário das eleições atrapalhou. Deixamos, então, para o fim do mês”, explica o Capo Roberto Giordani, como é carinhosamente chamado entre os integrantes da Confraria dos Pilotos Jurássicos, da qual é um dos fundadores e coordenador.

O nome da confraria surgiu espontaneamente, de forma bem-humorada, ainda nos primeiros encontros, quando o engenheiro mecânico Oscar Leke interrompeu um dos amigos que levantava com certa dificuldade: “Com esses resmungos e a soma das idades que temos aqui, com certeza atingiremos a era jurássica dos dinossauros”.
A consagração do nome foi imediata! E até hoje os confrades se despedem dos encontros com a saudação: “Vida longa aos Jurássicos”.

Giordani e os amigos Leke, o preparador Horst Dierks e Francisco Feoli, ex-piloto como ele, tinham nos DKWs Auto Union o ponto de referência para as suas histórias nas pistas. Hoje, eles compõem com Rudolfo Rieth o Conselho dos Fundadores da Confraria. “Fomos chamando outros ex-pilotos dos DKWs, qualificando as reuniões semanais com gastronomia e crescendo. Em 2008, demos um passo importante quando o Teodoro Januzs, um confrade colecionador de DKWs, nos disponibilizou a área de exposição e oficina dos seus Auto Union e Vemag, que passamos a chamar de ‘Templo dos DKWs’, para que pudéssemos fazer nossas reuniões. Tínhamos a nossa casa”, lembra Giordani. “Foi nessa época que criamos o brasão que está até hoje nos nossos casacos, camisas, bandeiras e troféus”, completa.

Com o passar dos anos, foram chegando outros ex-pilotos, amigos ligados de diversas formas àquela “época romântica” do automobilismo gaúcho e também as novas gerações, com jovens pilotos que tinham nos Jurássicos os seus ídolos de infância. “Tivemos que tomar a decisão de escolher uma época para definir quem seria membro efetivo da confraria: pilotos, preparadores ou envolvidos diretamente com o nosso automobilismo de competição entre 1958 e 1983. Mas eram tantos amigos que foi criada ainda a categoria de Amigos dos Jurássicos”, explica Giordani.

E com o crescimento da confraria, foram surgindo as demandas naturais por normas de funcionamento e elaboração de um estatuto. Foi nesse momento que as escolhas e definições ficaram marcadas na história do grupo e são motivo de orgulho permanente. “Essa confraria passou a ter uma forma de irmandade quando decidimos que não teríamos qualquer estatuto ou regras formais de existência. Nossa convivência está baseada apenas nos princípios indiscutíveis que um cidadão deve ter na vida: moral, ética, respeito e família”, orgulha-se Giordani. O Conselho dos Fundadores foi consagrado como órgão máximo e os seus membros têm o poder de veto individual sobre qualquer proposta ou fato relevante levado à discussão.

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