De acordo com o último levantamento da Secretaria da Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul (SSP/RS), divulgado em maio, houve uma redução de 1,1% nos roubos de veículo na capital gaúcha nos quatro primeiros meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2017. A realidade, porém, é que Porto Alegre continua sendo a terceira capital do Brasil em roubo de veículos. Só perde para São Paulo e Rio de Janeiro.
Os números são alarmantes: foram 1.921 roubos registrados na capital gaúcha até o último dia 10 de maio, segundo a Polícia Civil, o que significa cerca de 480 por mês, ou seja, 16 por dia. Esse número corresponde a um terço da média de 48 roubos por dia em todo o Rio Grande do Sul (dois por hora) em 2017, conforme informou recentemente o diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Marco Guns, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Seguradoras instalada na Assembleia Legislativa gaúcha. E o pior de tudo é que 40% desses veículos roubados “desaparecem” definitivamente.
Para tentar proteger seus veículos dessas estatísticas, as pessoas buscam investir cada vez mais em dispositivos e sistemas de segurança. “A relação custo-benefício é determinante para que alarmes e bloqueadores de motores sejam os recursos mais usados para prevenir o roubo de carros”, explica Sinval Rodrigues, representante da FKS especialista em acessórios automotivos voltados para a segurança. “Hoje dispomos de equipamentos, já instalados, a um custo médio de R$ 150,00”, afirma. O mercado oferece, porém, uma infinidade de outras opções para que os proprietários de veículos automotores tenham um pouco mais de tranquilidade na defesa de seus bens.
Rodrigues mostra que os proprietários de veículos mais caros, dispostos a investir um pouco mais, têm rastreadores eficientes que dificultam muito o sucesso nos roubos, porque mostram a localização do veículo em tempo real até pelo celular. “A pessoa pode comprar o equipamento ou apenas tê-lo em comodato, pagando uma pequena mensalidade e só gastando mais se for preciso realmente usá-lo”, esclarece ele. Na linha dos bloqueadores, com preços intermediários, há diversos tipos de corta-corrente e corta-combustível, que se diferenciam basicamente pela maneira como são acionados, também podendo funcionar pelo celular.
Entre os equipamentos mais simples, como as películas para vidros, as correntes e as travas de pedal, volante ou câmbio, uma novidade que não visa à proteção do veículo inteiro, mas vem sendo cada vez mais procurada porque protege com muita eficiência um dos principais componentes do carro, é o parafuso antifurto de rodas. Trata-se de um jogo de parafusos e uma chave específica para eles. Geralmente são quatro e é só substituir um parafuso de cada roda pelo dispositivo especial do kit antifurto. Esses equipamentos possuem, dentro do próprio parafuso, uma codificação especial, que só pode ser ativada pela chave específica daquele código, que acompanha o kit de segurança. Isso quer dizer que, sem essa chave, é praticamente impossível soltar qualquer roda do veículo.