Associação Sul-Brasileira
dos Distribuidores de Autopeças
Das pistas para a história, 25 anos de memórias do automobilismo gaúcho
Dia 18 de junho de 2018 | Por Roberto Alves d'Azevedo | Sobre Destaques e Retrovisor e Últimas Notícias

A Federação Gaúcha de Automobilismo (FGA) foi fundada em 1961, mas as histórias do livro escrito pelo engenheiro mecânico Leandro Sanco, que foi lançado na semana passada com uma festa decorada por carros de corrida antigos, nas instalações da concessionária Guaíbacar, em Porto Alegre (RS), começam antes, em 1958, dois anos após o início da indústria automobilística nacional. E vão até 1983, sem entrar nos tempos das carreteras. São 106 personagens distribuídos em 368 páginas, com prefácio de Roberto Giordani, coordenador da Confraria dos Pilotos Jurássicos, onde tudo começou.

Porto-alegrense que cresceu no Jardim Lindóia, Sanco, hoje com 42 anos, nunca foi piloto e praticamente não assistiu nada do que é descrito na sua obra. “Lembro só de programas familiares no Autódromo de Tarumã. Eu devia ter quatro ou cinco anos. Minha paixão pelo automobilismo veio depois, ouvindo histórias no ambiente em que me criei. Meu pai assava churrasco para os amigos da revenda Carro do Povo, que era bem próxima da nossa casa. Nos anos 1980, enquanto a minha turma no colégio falava em Falcão e Renato Gaúcho, meus ídolos eram o Leonel (Friedrich) e o Bocão (Pegoraro). Como sempre guardei muito material sobre automobilismo e, após o casamento minha mulher vivia querendo jogar tudo aquilo fora, em 2007 resolvi digitalizar o material e criar um blog (Blog do Sanco). Em 2010, conheci o pessoal da Confraria e o resultado está aí”, resume Sanco, que atualmente mora em Catalão (GO).

Giordani conta que a semente desse livro, que na verdade é chamado de “volume 2”, nasceu exatamente no lançamento do “volume 1”. “Desde as primeiras reuniões da Confraria, lá em 2001, falávamos em registrar nossas memórias, mas não sabíamos bem como organizar isso. Em 2010, formamos uma comissão, começamos a juntar depoimentos, arranjamos patrocínios, mas tudo era muito difícil. Enfim, em 2012, conseguimos publicar nosso livro”, lembra ele.

No dia do lançamento, porém, conta Giordani, a frase que ficou foi “temos ainda tantas histórias para serem contadas”. “Naquele dia mesmo já ficamos com o sentimento de que precisaríamos editar um segundo volume”, recorda. A ligação do nome ao assunto foi rápida. O novo companheiro, que chegara à Confraria sem ser piloto, mas com um acervo admirável sobre a vida daquelas pessoas todas foi chamado pelo coordenador Giordani, que entregou a ele a tarefa de organizar e viabilizar a obra que agora foi concluída. Detalhe: dos 77 participantes do “volume 1”, 58 refizeram os seus depoimentos e estão novamente nesse “volume 2”.

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